Sou tudo aquilo que escrevo.Não há melhor forma de me conhecer.Nas palavras encontrei todos os sentidos.Nos gestos descobri todas as emoções. No amor descobri a vida em mim.Tudo em mim é mar, calmo ou violento, quando olharem esse azul imenso de água pleno, relembrem as palavras que escrevi, esse é o segredo de estar aqui.
Domingo, 6 de Maio de 2007
Pertencem-me os jardins
quando os visito;
são minhas as flores
quando as contemplo;
são meus os caminhos
onde me sinto livre;
é meu o luar
quando protege as noites
e ameniza a solidão;
é meu o amanhecer
quando, em silêncio,
vejo o Sol nascer;
sou dona dos rios
quando estou só
nas suas margens;
desejo, também,
que sejam meus
os afectos e os amigos
para um dia escrever,
serenamente,
o último poema.
Beja, 29/04/2002
Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)