Sou tudo aquilo que escrevo.Não há melhor forma de me conhecer.Nas palavras encontrei todos os sentidos.Nos gestos descobri todas as emoções. No amor descobri a vida em mim.Tudo em mim é mar, calmo ou violento, quando olharem esse azul imenso de água pleno, relembrem as palavras que escrevi, esse é o segredo de estar aqui.
Domingo, 6 de Maio de 2007
Na tarde serena,
vestida de sol,
aromas e brisa
enchem o espaço
dos caminhos tristes.
Vão beijando os montes,
despidos de vida,
procuram rebanhos,
pastores e flautas,
espigas tombando
em árdua cadência,
planícies cheias
de cantos sentidos,
nascidos da alma
saudando o sol pôr.
E o silêncio é tanto
que o aroma chora
e a brisa deseja
para este Alentejo
feito de saudade
e também de pranto,
a esperança viva
do seu renascer
como sempre foi,
pleno de encanto.
1995
Autora: Mª Fernanda Argel (mãe)