Sou tudo aquilo que escrevo.Não há melhor forma de me conhecer.Nas palavras encontrei todos os sentidos.Nos gestos descobri todas as emoções. No amor descobri a vida em mim.Tudo em mim é mar, calmo ou violento, quando olharem esse azul imenso de água pleno, relembrem as palavras que escrevi, esse é o segredo de estar aqui.
Domingo, 28 de Janeiro de 2007

O Verbo

O principio de tudo
O verbo
Que fosse amar, apaixonar, iludir, partilhar
Mas que no fim fosse sempre Amar
Acordei
Subi o horizonte
Descobri as cores matinais
Saboreei os beijos
Encantei me nos desejos
Escondi as lembranças
E veio-me à memória a vida
Das partidas
Das fugidas
Dos segredos
Das loucuras
Dos impulsos
Dos gestos
Das caricias
Dos breves instantes
Do verbo
Amar

26/11/06
Pensamentos: ,
Abrigo por Anamel às 13:03

Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Quero..

Quero-te como se fosses o último a quem posso amar
Quero o teu rosto de brancos cansaços
Quero cada uma das palavras que sem querer me deste
Quero a tua mão distraida passeando pelo meu peito
Quero a tua mão companheira do meu desejo
Quero as horas e os minutos de volta, das minhas saudades
Quero os meus sonhos contigo, madrugada dos abraços
Quero-te no meu riso enterrado, nas lágrimas depois do mar
Quero os lugares onde me perdi contigo
Quero assim a vida
Por dentro dos caminhos da tua alma
Por dentro dos trilhos dos teus desejos
Embrenhada nos teus beijos
Ternura da pele, do corpo, da alma que sou em ti.

26/11/06
Pensamentos: ,
Abrigo por Anamel às 13:02

Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Book of my days..

Pousou a chave do carro e encaminhou-se para a janela, abriu-a de par em par, e desiludida constatou que tudo lá fora estava igual, a mesma rua, as mesmas lojas, as mesmas pessoas a quererem saber por onde teria andado aqueles anos todos que não a tinham visto entrar e sair. Lembrou-se então que afinal algo tinha mudado, ela própria. A única coisa que havia permanecido era a eterna saudade daquele lugar, por tudo e apesar de tudo, daquele lugar que fazia parte de si e de tudo o que mais amara na vida.Perdera-se e encontrara-se tantas vezes na vida que já nem sabia que sabores tinham os encontros e desencontros, os amores e as paixões, os amigos e os amantes. Sentia-se arrebatada pelos enganos, ansiosa pelos sonhos não vividos, pela procura de tudo o mais que se possa imaginar nesta ou noutra vida.E era assim como um segredo entranhado nas páginas dos seus dias, sem rumo, mercê da falta de alguém que a acompanhasse fosse para onde fosse.Coisas que te fizeram. Saudade do futuro que não chegou a ser. Os homens que dormiram contigo na cama, nos trilhos, nos restolhos, no mar do teu luar, os sonhos que lhes permitiste, as ilusões que lhes vendeste, a pele e o corpo que lhes deste, a alma que lhes roubaste, o amor que nunca foi teu.
18/11/06
Pensamentos:
Abrigo por Anamel às 13:01

Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

'Tão triste e só como um anjo sem oratório'

'...certo da certeza de que nada nos podia separar, como uma onde para a praia na tua direcção vai o meu corpo, exclamou o Neruda, e era assim connosco, e é assim comigo, só que não sou capaz de to dizer.'António Lobo Antunes, 'Memória de Elefante'Vou-me enfiar como um vitelo no ventre agora frio da cama, embrulhar-me na angustia branca dos lençois e sentir a falta do teu corpo colado ao meu, das tuas pernas a tocarem as minhas nesses movimentos envolventes de amiba, dessa mansidão calma do teu sono leve de gaivota, vou sentir a falta do teu hálito no meu pescoço e se calhar vou começar a chorar baixinho, agarrado à almofada como um bébé a quem tiraram o brinquedo mais bonito, e vem ai, de certezinha, mais uma noite em que não vou ser capaz de adormecer sem enfiar no bucho dois 'Lexotan', para então dormir o sono de porcelana dos anjos de oratório, e amanhã acordo com o grunhir asmático do despertador que tu compraste, e vou demorar como sempre um tempo infinito aos apalpões para o encontrar e desligar, vou ter de me rebolar e arrastar pela cama na direcção da mesinha-de-cabeceira do teu lado, porque ainda não me habituei a muda-lo de sitio, vou ficar um montão de tempo a pensar por que porra é que eu estou sózinho nesta cama só desfeita de um lado e mais enorme do que nunca!, e vou olhar em volta e já não encontro mais a tua roupa dobrada nas costas do cadeirão de couro (que tinha pertencido não sei a que marquês e que nós compramos numa loja de antiguidades caras), vou achar a falta do teu acordar bruto e dos passos desgovernados que davas sempre pelo quarto à procura do roupão azul que te ficava a matar (e eu, que me lembre, nunca te disse que te ficava bem, caramba!), depois levanto-me e vou enfiar-me na casa de banho, olho-me no espelho e vejo como tenho os olhos parados e baços de tristeza como um touro amuado de encontro às tabuas, e pego na gilete e vou escanhoar-me muito bem, porque nunca tive coragem de mandar o modo de 'bem parecer' às urtigas (nunca fui capaz de aparecer no emprego com a barba por fazer e despenteado, porra, e ouvir com um sorriso as bocas aos subalternos!), vou procurar no armário a minha escova dos dentes e encontra-la sozinha a um canto onde me faz falta e tua, e um silêncio enorme , sem ti esvazia toda a casa e eu penso onde estarás a acordar a esta hora, se ainda estás em casa dos teus pais ou já te enroscaste com algum dos teus amiguinhos, desses que têm um ar natural de bem nascidos, desses que nem precisam de fazer muito esforço para terem um olhar brilhante e uma face polida, desses que tu trazias cá a casa, quando faziamos aquelas festas de que eu nunca percebi a razão, e com quem eu nunca fui muito à bola, também não sei porquê!, são pressentimentos, porque há duas coisas que um homem atento percebe sempre: o amor e o encornamento!, e a mim ninguém me tira agora dos cornos que algum gajo com mais cifrões do que eu te deu a volta, te endrominou com conversas ocas de dólares ou de ecus, e agora ando eu para aqui às voltas neste deserto branco da cama, à rasca para adormecer e com uma vontade do raio de te abraçar, com uma saudade enorme do cheiro da tua pele, do mar quente e azul dos teus olhos, e se tu não voltas um dia destes dou comigo num consultório a ler revistas parvas e à espera para ser atendidopelo médico das úlceras nervosas, preciso de te dizer quanto ainda gosto de ti, porra! que tudo o que passamos juntos não pode acabar assim tão parvamente com um «adeus» e um «eu depois volta para buscar o resto das coisas», e eu dou comigo a pensar: deixa-me pelo menos o teu perfume e a tua escova dos dentes no armário, se não um dia destes estoiro de solidão e não deve haver pior estoiro que esse!, de certeza, quando a angústia começa a levedar em bola no saco do estomago e se estende como uma lesma pelo esófago acima num ardor frio de ácido, é uma angustia pior do que a que eu senti quando me apresentaste os teus pais e fizeste uma pausa quase envergonhada antes de anunciares os meus apelidos:-Este é o Zé... Riço Direitinho!e eu, mais pequenino do que nunca diante das tuas terrinas da Companhia das Indias e dos quadros verdadeiros do Chagall, olhava, com os olhos suplicantes de um cãozinho abandonado, a tua mãe, que, mal reparou em mim e me cumprimentou, desapareceu engolida por uma das infinitas portas do corredor, se calhar foi rezar a todos santinhos da devoção que lhe levassem para bem longe este nome incógnito que a filha lhe tinha agora enfiado no meio dos talheres de prata, das porcelanas de Sèvres, e dos tapetes persas, e no dia do casamento deu-me então um beijo na bochecha e mostrou-me um sorriso, agora deve ter-te dado os parabéns e perguntado porque raio é que esta tão feliz ideia de me deixares assim à brocha não te tinha passado pela cabeça há mais tempo, e eu quero dizer-te o que se calhar nunca te disse durante os não sei quantos anos que estivemos juntos, durante os não sei quantos anos que estivemos no mesmo ventre de sono desta cama cheia de berloques, durante os não sei quantos anos que pastámos mutuamente a pele um do outro como duas ovelhas com cio, durante os não sei quantos séculos de filmes, de óperas, de teatros e de exposições, sempre a dois e de mãos dadas como um par de putos do porta adentro e eu estava sentado no sofá de veludo verde da sala, a ler como sempre um dos mesmos livros do Lobo Antunes ou do Almeida Faria, e tu atiraste com o saco das compras para o chão e berraste fora de ti e com as pálpebras a meia haste, que estavas fartinha de mim, dos meus sonhos de vir a ser um escritor famoso, do tempo que eu passava a escrever pela noite dentro sem olhar para ti (e isto era uma enorme mentira, porra!), sem te dar a menor atenção quando tu chegavas cansada e nos dias em que mais precisavas de mim, que estavas fartinha do meu sangue-frio de lagarto, da minha cara de pão sem sal, da minha moleza de engenheiro agrónomo eternamente empregado numa repartição de Direcção Regional do Ministério, e eu dizia-te sempre que um dia ainda escreveria um livro que ficaria toda a gente de boca aberta, todos os que como tu nunca quiseram acreditar em mim, no meu talento para escrever estórias, e tu não tiveste mais paciência para me ouvir e começaste a arrumar as coisas, mas só depois eu percebi que tinhas feito um teatro do caraças, que já devias andar a ruminar esta peça de fotonovela de 'Corin Tellado' há um ror de dias, percebi isso quando me assomei à janela e topei com um Maserati vermelho a esperar-te ao fundo da nossa rua, só nessa altura percebi como tinha feito papel de cabrão manso, mas agora se calhar já é tarde para me redimir, e vou meter mais umas pastilhas no bucho para ver se adormeço e me esqueço da saudade que me fazes, do teu perfume, que ainda não deixou este quarto, do cheiro do teu suor, que continua entranhado nas roupas da cama; mas sei que vou andar sem bússola na alma não sei quanto tempo mais, que isto só me vai passar aos poucos com xaropes e pílulas para o sono, e ainda umas quantas sessões de terapia ocupacional de grupo de psicanálise e mais uns quantos tratamentos iguais aos dos maluquinhos, e vais ver como eu te consigo esquecer para sempre!, e finalmente dormir um sono de cordeiro que não foi enjeitado."
José Riço Direitinho
Sempre tive uma amizade especial pelo autor deste texto, e considero esta uma forma de o dar a conhecer e de recordar os velhos tempos em que publicavamos as nossas palavras nas páginas já desaparecidas do 'DN Jovem'.
Pensamentos:
Abrigo por Anamel às 12:59

Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Giraço...

Está tudo no passe de mágica de um olhar sem subterfugios, sem lugares comuns, sem impulsos reprimidos, sem passos estudados, o carinho num impulso, o equilibrio do emocional com o racional.Era o sorriso, acho que era isso, o sorriso abriu-lhe a porta. Era um sorriso com muita luz, lá dentro apetecia entrar, tirar a roupa, ficar nua dentro daquele sorriso, correr, navegar, perder-se naquele sorriso. O meu pensamento em segredo imaginou que me desejavas com lentidão, que me tocavas a pele em gestos de amiba, que me tinhas assim escondida do mundo.Sempre houve e haverá este algo de valor num acto ou palavra que nos une e não se fica só.Os teus gestos são segredos que eu invento ao tentar descobrir-te. Invado o teu corpo e o meu carinho é a descoberta do teu ser porque o silêncio também tem palavras.À noite é o retorno a casa. A obscuridade silenciosa sempre me assustou. Depois. Deitei-me e escondi-me nos lençois com cheiro a desejo, sózinha mais uma vez pensei, falei comigo propria e descobri que não tinha como encontrar-te tão cedo e hoje já é outro dia...Agora já não quero fechar a porta, fecha-a tu e vem. Vem. Vamos demorar o nosso amor até de manhã, sem pressa. Vem. Beijaste-me. Conheceste as tuas mãos com os meus seios, indagaste do secreto do meu ser, da fonte do meu sangue e eu senti que o amor também tinha um corpo a acompanhar. Mas tu que tens macias as mãos vazias, sim, tu que trazes um indesmentivel odor a mar e a praia trouxeste-me de regresso a casa, a uma casa sem muros nem janelas, ao mar escondido na minha lembrança.Chegar a casa. Descansar o teu cansaço nos meus abraços, envolver-te nas caricias que tenho há muito guardadas em silêncio para te dar...
Pensamentos:
Abrigo por Anamel às 12:59

Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

O direito ao Príncepe

Podemos envelhecer imenso, ter imensas experiências, ler imensos livros, consultar imensos psiquiatras, mas no fundo, no fundo todos queremos a mesma coisa da vida e todos temos o mesmo sonho: sermos principes valorosos e termos uma princesa só para nós.Agora enquanto ouço Miles Davis a tocar 'Some day my prince will come' enchem-se-me os olhos de lágrimas. Não é so a melodia, é a letra 'um dia há-de chegar o meu principe'. Ou princesa. Quem tem a coragem de afirmar que não sonha assim?Toda a vida moderna está concebida para nos habituar a uma única desilusão: os principes e as princesas não existem. Mas basta ter coração e coragem para ver um filme de Walt Disney para compreender que temos sentimentos primitivos, que anseiam por castelos e cabelos longos, por encantamentos e bruxas, por amores eternos e a suprema perfeição.Se fosse um bom homem da esquerda barbudo e barrigudo ser-me-ia mais fácil explicar-me: 'é que é tão bonito, porra!'Podemos ler Proust quando quisermos mas o coração é impermeavel. Continua a querer o que sempre quis: um principe, porra! Uma princesa, caramba! Ou por outro, ser uma coisa e ter a outra.Somos todos principes e princesas por baixo da pele. É a vida que nos transforma em barcarolas e patinhos. O defeito é nosso. Se fossemos iguais aos corações não teriamos o minimo problema. Os nossos sonhos são mais branquinhos que a nossa roupa.
Pensamentos:
Abrigo por Anamel às 12:58

Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Secrets

Tenho feito amor de todas as maneiras
Docemente
Lentamente
Desesperadamente
À tua procura, sempre à tua procura
Até me dar conta que estás em mim
que é em mim que devo procurar-te
E tu apenas existes porque eu existo
E eu não estou só contigo
Mas é contigo que eu quero ficar só
Porque é a ti que eu Amo.
_________________________________________

"Amada, dava amor(...) É uma coisa que está ali, que sentes, que acontece em todo o teu ser e dentro de ti e deixa de haver distinção entre ti e a pessoa com quem fazes amor, não tens que chegar até ele, ajuda-lo, ensina-lo, não tens que mentir, espiar ou matar e, portanto, que mal há?(...)O lugar onde falava era a cama, com o seu belo corpo, e as sensações que me deu não eram nem fantasias nem gabarolices. E os outros, na praia, não têm lar - não por falta de jeito, por qualquer impulso que os leve a quebrar aquilo que há de mais precioso no mundo, mas porque são corajosos e acreditam noutras formas de amor, na justiça, nos homens seus semelhantes - e os dois, um dentro d outro, fazer amor é a unica maneira que temos de criar aqui um lugar que não seja apenas de passagem.A mão que se aperta é o unico amor que se faz carne. Aprender isso. Ler a mão que se aperta e aprender essa especie de amor......dei à luz, coisas que me fizeram; mas contigo faço eu propria as coisas, habito todo o meu corpo, estou toda onde me tocas, com a minha lingua na tua orelha, no interior das tuas áxilas, nas tuas nádegas macias."
Nadine Gordimer in 'Um capricho da natureza'
Pensamentos:
Abrigo por Anamel às 12:56

Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

David Mourão-Ferreira

Teia

Se da baba o insecto faz a teia,
se com choro porém não sei prender-te,
do céu, que era de cinza, direi verde,
e da terra e das lágrimas areia.

E da forma direi que foi ideia,
para que à noite o corpo não desperte,
do perdido direi que não se perdese ao menos nestes versos se encadeia.

Do cabelo se loura, direi pretos,
do amor que sofri direi soneto,
ante a luz tão corpórea que o invade...

Nas rodas da ficção ficarás presa e acordarás, mais tarde, na surpresa
de ser outra por toda a eternidade.

Ternura

Desvio dos teus ombros o lençol,
que é feito de ternura amarrotada,
da frescura que vem depois do sol,
quando depois do sol não vem mais nada...

Olho a roupa no chão, que tempestade!
Há restos de ternura pelo meio,
como vultos perdidos na cidade
onde uma tempestade sobreveio...

Começas a vestir-te, lentamente,
e é ternura também que vou vestindo,
para enfrentar lá fora aquela gente
que da nossa ternura anda sorrindo...

Mas ninguém sonha a pressa com que nós
a despimos assim que estamos sós!
Pensamentos:
Abrigo por Anamel às 12:52

Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Vai onde te leva o coração

"Piedade, repara bem,não pena. Se sentires pena, descerei como os espiritos malignos e dar-te-ei imensas arrelias.Farei o mesmo se, em vez de humilde, fores modesta, se te embriagares com palavreados vazios em vez de estares calada. Explodirão lampadas, os pratos voarão das prateleiras, as cuecas acabarão em cima do lustre, desde madrugada até noite cerrada não te deixarei em paz um só instante.Não, não é verdade, não farei nada. Se, esteja onde estiver, arranjar maneira de te ver, só ficarei triste, como fico triste sempre que vejo uma vida desperdiçada, uma vida em que o caminho não conseguiu cumprir-se. Tem cuidado contigo.Sempre que, à medida que fores crescendo, tiveres vontade de converter as coisas erradas em coisas certas, lembra-te de que a primeira revolução a fazer é dentro de nós próprios, a primeira e a mais importante. Lutar por uma ideia sem se ter ideia de si próprio é uma das coisas mais perigosas que se pode fazer.Quando te sentires perdida, confusa, pensa nas árvores, lembra-te da forma como crescem. Lembra-te que uma árvore com muita ramagem e poucas raizes é derrubada à primeira rajada de vento, e de que a linfa custa a correr numa árvore com muitas raízes e pouca ramagem. As raízes e os ramos devem crescer de igual modo, deves estar nas coisas e sobre as coisas, só assim poderás dar sombra e abrigo, só assim, na estação apropriada, poderás cobrir-te de flores e de frutos.E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não metas por uma ao acaso, senta-te e espera. Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio, e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te, e vai onde ele te levar."

Susanna Tamaro
Pensamentos:
Abrigo por Anamel às 12:51

Link do post | Comentar | Adicionar aos favoritos

Junho 2008

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
30

Abrigos recentes

Aromas nos gestos

Respirar-te

A musica nas tuas mãos..

Janela do teu olhar

Para o meu amor..

_Heart_Soul_

Poeta da Alma

Esta sede que te sinto..

Quando..

Fica com a menina..

Sótão dos Pensamentos

Junho 2008

Maio 2008

Abril 2008

Março 2008

Fevereiro 2008

Janeiro 2008

Dezembro 2007

Novembro 2007

Junho 2007

Maio 2007

Abril 2007

Fevereiro 2007

Janeiro 2007

Pensamentos

alentejo blue(1)

alunos(2)

amar(3)

amigos(4)

amigos virtuais(6)

amor(5)

eu(45)

fernando pessoa(1)

filmes(1)

fotografia(3)

livros(7)

mãe(15)

monica ali(1)

musica(1)

natal(1)

ornatus violeta(1)

poesia(66)

sentir(1)

viagens(2)

vinicius de morais(1)

todas as tags

Favoritos

'I dreamed a dream' - Gle...

'Don't stop believing' (S...

Fica com a menina..

'Tento saber' - Nuno Guer...

'Ballade pour Adeline' - ...

'Into the night' - Carlos...

Descubram-me no abrigo das palavras

blogs SAPO

Subscrever feeds