Quando um dia te lembrares de mim
conta-me as palavras que não soubeste escrever
Quando um dia me quiseres amar
Conta-me o que sentires nas entrelinhas da minha pele
Quando um dia me sentires longe das tuas memórias
Conta-me os teus desejos nas ondas que desaguam na praia do teu corpo
Quando um dia não souberes o que sentes
Conta-me os carinhos que há tanto esperas
Quando um dia não souberes o caminho que te traz de regresso a mim
Não queiras a metade de mim
Quando eu quero ser tua por inteiro
Não quero metade de coisa alguma
Quero ainda que o sonho por inteiro.
31/03/08
Foste por ai
Procurar as palavras
Que não soubeste dizer
Abreviaste os caminhos
Descobriste as enseadas
Nos trilhos da serra
Nas margens das águas
Chegaste a ti.
Nos brancos das casas
Das listas multicores
Dos morros que escondem o sol
Dos mantos das geadas
Das aldeias isoladas
Das solidões dos cajados
Das janelas vazias
Das árvores e das flores
Dos montes e dos abismos dos vales
Quiseste fazer memória
No sótão do teu olhar
E foste por ai
Contar os olhares
Abrigar as palavras
Noutras páginas
Doutras memórias
Deixa que te olhem
Deixa que te escutem
Deixa que te sintam
Deixa que te levem
De volta a cada instante.
Teimoso quiseste seguir
Ansioso desejaste voar
A distância mais perto ficar
Tranquilo deixaste-te Amar
Sonhador permaneceste
Nas nuvens embalado
O horizonte guardado
Silencioso escutaste a paz
Nos seus abraços sentiste
As cores da quimera
Deitaste o teu olhar
Na pele das águas do seu leito
Afagaste o calor que não tocaste
Nos murmúrios dos gestos enlevados
Calaste todas as palavras
E pela sua mão
Amaste, esquecida solidão.
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