Sou tudo aquilo que escrevo.Não há melhor forma de me conhecer.Nas palavras encontrei todos os sentidos.Nos gestos descobri todas as emoções. No amor descobri a vida em mim.Tudo em mim é mar, calmo ou violento, quando olharem esse azul imenso de água pleno, relembrem as palavras que escrevi, esse é o segredo de estar aqui.
Sábado, 5 de Abril de 2008

Esta sede que te sinto..

Há um olhar que se esconde

ao redor das colinas

Há um desejo a brotar

na aura que se envolve

Existe assim sem que se entenda

estas palavras que brotam nos gestos

 

Há para além dos sentidos

o profetizar de outra vida

que a todo o momento se quer aqui

E se existir o momento a seguir

queiramos então que o sonho não seja ilusão

Beber dos teus lábios esta sede que te sinto.. 

4/4/08

Pensamentos: , ,
Terça-feira, 1 de Abril de 2008

Quando..

Quando um dia te lembrares de mim
conta-me as palavras que não soubeste escrever

Quando um dia me quiseres amar
Conta-me o que sentires nas entrelinhas da minha pele

Quando um dia me sentires longe das tuas memórias
Conta-me os teus desejos nas ondas que desaguam na praia do teu corpo

Quando um dia não souberes o que sentes
Conta-me os carinhos que há tanto esperas

Quando um dia não souberes o caminho que te traz de regresso a mim
Não queiras a  metade de mim

Quando eu quero ser tua por inteiro

Não quero metade de coisa alguma
Quero ainda que o sonho por inteiro.

31/03/08

Pensamentos: , ,
Segunda-feira, 24 de Março de 2008

Fica com a menina..

Senti de repente

Este mar ardente

Adentro da minha pele

Senti nas sombras d'areia

Os nossos corpos unidos

Espelhados nas águas

O horizonte guardado na memória

deste momento.

E um dia quis sentir

A alma na pele

Os sentidos pressentir

Antes da vida renascer

Sei agora

A sabedoria dos dias

Das vidas que vieram

Dos filhos que não nasceram

Que cresceram na quimera

de tudo o que anseia.

Estou em ti

Porque estás em mim

Agora,

a cada instante.

23/03/08

Pensamentos: ,
Abrigo por Anamel às 21:07

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Segunda-feira, 28 de Janeiro de 2008

Deixa que te sintam...

Foste por ai
Procurar as palavras
Que não soubeste dizer
Abreviaste os caminhos
Descobriste as enseadas
Nos trilhos da serra
Nas margens das águas
Chegaste a ti.

Nos brancos das casas
Das listas multicores
Dos morros que escondem o sol
Dos mantos das geadas
Das aldeias isoladas
Das solidões dos cajados
Das janelas vazias
Das árvores e das flores
Dos montes e dos abismos dos vales
Quiseste fazer memória
No sótão do teu olhar

E foste por ai
Contar os olhares
Abrigar as palavras
Noutras páginas
Doutras memórias

Deixa que te olhem
Deixa que te escutem
Deixa que te sintam
Deixa que te levem
De volta a cada instante.

Pensamentos: , ,
Abrigo por Anamel às 23:14

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O olhar na pele

Teimoso quiseste seguir
Ansioso desejaste voar
A distância mais perto ficar

Tranquilo deixaste-te Amar
Sonhador permaneceste
Nas nuvens embalado
O horizonte guardado

Silencioso escutaste a paz
Nos seus abraços sentiste
As cores da quimera

Deitaste o teu olhar
Na pele das águas do seu leito
Afagaste o calor que não tocaste
Nos murmúrios dos gestos enlevados

Calaste todas as palavras
E pela sua mão
Amaste, esquecida solidão.

Pensamentos: , ,
Abrigo por Anamel às 23:13

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Quarta-feira, 16 de Janeiro de 2008

Praia do teu corpo

O andar descalço perdeu-se na praia do teu corpo
Os gestos desaguaram na foz do teu leito
Os lábios caminharam pelos recantos da tua pele
E a língua entranhou-se nos teus sabores

Na doçura dos toques
Tornaram-se macias as mãos
Antes amargas porque solidão
E as folhas das árvores
Agitadas fizeram manto
Nas cortinas das janelas
E escondem já dos olhares
O que vai dentro das paredes

Aqui se espalham pelo chão
Todas as ternuras amarrotadas
Aqui se inventam as fantasias
E por dentro dos olhares se sente alma no coração

Os silêncios são já tesouros
As palavras já não restam
Porque as histórias são maravilhas
Que lentamente devoram o mundo.
Pensamentos: ,
Abrigo por Anamel às 15:08

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Terça-feira, 15 de Janeiro de 2008

Ficar aqui...

Ainda não sei que amor é este
Ainda não sentiram as palavras vontade de caminhar pelas linhas
Ainda não senti o coração nos pergaminhos da memória
Ainda não sonhei para além do que o meu olhar alcança
Ainda não sei.
Ainda.

Sei que a seiva do teu amor me corre nas veias
Sei que vens, sei que partes a qualquer instante…
Sei que a tua nua voz se entranha em tudo o que profetiza
Sei.
Sei que os caminhos auguram todos os reencontros
Sei que os dias se perdem absortos dos anseios
Sei. Ainda sei. Talvez.

E quero.
Quero as caminhadas, nem atrás, nem à frente, sim lado a lado
Quero chegar-te para mim, aninhar-me a ti
Quero indagar do teu olhar indelével no toque do meu rosto
Sim, quero.
Quero ser o atalho por onde regressas porque tens pressa de mim
Quero ser as páginas do teu livro
Quero que sejas o meu prefácio e o meu epílogo
Quero ficar e não mais partir
Quero pertencer aqui.
Pensamentos: ,
Segunda-feira, 3 de Dezembro de 2007

'Viver não doi' - Carlos Drummond de Andrade

Nas minhas viagens pelo mundo virtual às vezes encontro algo que me faz sonhar...



Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas,
mas das coisas que foram sonhadas
e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor?

O certo seria a gente não sofrer,
apenas agradecer por termos conhecido
uma pessoa tão bacana,
que gerou em nós um sentimento intenso
e que nos fez companhia por um tempo razoável,
um tempo feliz…

Texto de Carlos Drummond de Andrade
Pensamentos: ,
Abrigo por Anamel às 14:05

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Sexta-feira, 9 de Novembro de 2007

Perto estão os dias em que o tempo custa a chegar...

Porto Covo
Agosto, 2007

Anda, vem… fica aqui só um pouco comigo. Demora-te apenas o tempo em que me amas de verdade, intensamente, mais a cada dia e quando o deixares de sentir parte, fica perto de quem amares depois de mim. Só te quero amar assim, só quero que me ames assim…

Deixei a serra e os caminhos sinuosos, agora vagueio ao sabor e ao cheiro das ondas do mar aqui tão perto. Permaneço onde quero ficar, os pés enterrados na areia, as ondas desejosas de desaguar mais perto dos corpos que descansam mesmo à beira da espuma que teima em regressar ao mar.
Espero por ti… só espero por ti…
Às vezes espero por ti, não todos os dias. Não. Porque isso seria desesperar o desejo de ter o teu corpo junto da minha pele a cada noite, a cada dia seguinte…
Por isso regresso ao mar todos os dias, sem esperas, sem desesperos, sem angústias, sei que está aqui, para o ver, para me ver, aqui tão perto, tão embrenhado na minha pele. Carrego o cheiro, embrulho-o nos lençóis à noite, transpiro-o nas paredes da casa dos meus regressos.
E depois as pessoas, pensamentos tão complicados, às vezes os sorrisos.
Os olhares anseiam livros inteiros de palavras, sentimentos, sonhos, amores… Gosto de ler nos olhares os silêncios das frases escondidas do mundo à volta.
Há palavras que se querem dizer, há frases que é preciso verbalizar. Há vontades, desejos que teimam permanecer em silêncio, subterfúgios inventados. Há caminhos, trilhos sinuosos que apenas se conseguem fazer, porque os silêncios contem todas as necessárias palavras.

Mas é preciso contar todas as pequenas letras, as mais importantes, ainda que as acções digam tudo, há que exprimir, faz bem à alma, enche o coração de alegrias plenas, é importante dizer, é mais importante escutar, saber, saborear os desejos nos olhares, sentir no mais recôndito da nossa pele, parar, escutar, sentir… o tudo em nós.

Escutar a tua voz, desenhar as palavras, desejar as vontades da pele, pintar os sentimentos nas frases… pensar em ti depois de adormecer e acordar contigo.

‘I like the strong waves’ alguém disse olhando o mar num vislumbrar sobranceiro por cima das tendas e da confusão cada dia mais matinal.
Há um velho senhor que todas as manhãs paira por aqui, que com a sua boina preta faz lembrar quase um pintor do ‘quartier latin’ em Paris. Todos lhe querem tirar fotos indiscretas, um destes dias ou é capa de revista ou parte de um qualquer álbum de gentes, lugares e viagens no MySpace, HI5 ou um desses abrigos virtuais na Web. Acontece, ainda que sejam 5 minutos de fama numa vida que se ganha, que se perde.
Há momentos das nossas vidas que se avizinham partes de um acontecer destinado, que contra a nossa vontade ou desejo se concretizam na mais pura e magoada realidade.
Há momentos assim em que nem todas as bússolas do universo nos ajudariam a escolher o caminho mais feliz…

Vislumbramos as estrelas e imploramos com a alma quase de joelhos que venha a nós uma luz que indique o caminho menos sinuoso em que a alegria se concretize sem contratempos nem traições.

Anseios, desejos, pressas de acontecer momentos, viver amores, concretizar sonhos, acordar antes de adormecer porque os anos afinal passaram tão depressa, tão fugidios das alegrias que não encontramos pelo caminho desencontrado das nossas vontades, tanto que desejamos para nós…

Perto estão os dias em que o tempo custa a chegar. As horas demoram-se, perdem-se nos caminhos e esperam-se mais tarde…ao entardecer.

Os momentos que se despem, correm horas em escassos segundos. O tempo, a hora, o minuto, o segundo, o desejo do momento que és tu demora-se, perdura em tudo que anseia.

Desenho as letras dos quadros que olho calmamente… Ergo sobranceiramente o instante claro, quase transparente do meu olhar despido de alma e os segredos revelam-se no tremer das entranhas de tudo o que vejo e sinto…ficaste depois de te afastares pelas estradas infinitas do desencontro.
Desci a rua lado a lado, quase o mar, o espanto do encanto, a ilha que se quer esconder.

Não te soube dizer, evitei contar-te as palavras indiscretas, não te quis revelar os sonhos, as esperas do amanhã, descansei nas memórias as recordações do momento que se tornou tesouro no coração. Fiz os desejos imaginados nos dias em que acordei antes de adormecer, revelei no teu corpo os gestos da palavra escrita no pensamento feito anseio. E quis mais antes de partires…

Regressei. Chamei os dias de antes para mais perto do presente. E parei. Quis ouvir de perto as memórias no horizonte. Segredei no olhar a alma, o coração, a pele sequiosa de amar.

Sentei-me ali, na pedra milenar onde outros fizeram fortaleza contra o que pensavam ser o inimigo. Sentei-me aqui tão perto das memórias que em mim habitam, tão longe de qualquer outra vida.
Agucei os sentidos nos cheiros, nos sabores sem provar fosse o que fosse. Senti. Senti-me. Senti-te.
Cheguei ao promontório, parei. Avistei o homem solitário contemplando o mar, um banco que já teve tantas companhias, as solidões que por ali passaram. O que pensarão as vidas que por ali param? O mesmo que eu…?

Abriguei-me naquele momento. Ali. Aqui. Tão perto o mar. tão perto senti, senti-te dentro de mim, por dentro de tudo o que vejo na imensidão.
Pensamentos: , ,
Sábado, 24 de Fevereiro de 2007

Falta-me Chorar

Fazes-me falta
na ausência dos dias

Fazes-me perder os caminhos
nos reencontros dos regressos

Entre abaladas e chegadas
Há enganos nos olhares

Fazes-me falta chorar

Calaram-se os segredos
Esconderam-se os medos

E as emoções
As paixões
As uniões
E as conjunções
Que antevi
Perdi.

22/02/2007
Pensamentos: ,

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